Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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14 de maio de 2012

Outra vez a Estrada de Paialvo

                                                        Manifestação nos Restauradores de repúdio pelo Ultimatum inglês.
                                                         Revista “O Occidente”, nº 399 de 21 de Janeiro de 1890

1894-na sessão de 12 de Julho da Câmara de Tomar, deliberou-se pedir ao director das obras públicas do distrito para mandar continuar a reconstrução do pavimento da estrada real que liga esta cidade com a estação de caminhos de ferro de Paialvo.

                                       
                                           Boers no porto de Lourenço Marques a aguardar barco para a Europa, 1902

1902- na sessão de 27 de Fevereiro a Câmara pediu ao Governo a reparação da estrada de Tomar a Paialvo «que se acha em tal estado de derioração que se torna por ela quase impossível transitar».


                                        Entre 1900 e 1903 perto de 300.000 portugueses emigraram sobretudo para a 
                                        Brasil. Segundo o censo populacional 1901 Portugal tinha cerca de 5,5 milhões
                                        de habitantes.

1903- estrada de Tomar a Paialvo- A Câmara solicitou do Governo de Sua Majestade a reparação desta estrada pois se encontra intransitável.

                                                 

                                   

                                                             Desfile 1.º Maio 1903, Lisboa.
1904- 4 de Agosto- estrada de Tomar a Paialvo- a Câmara pediu para que esta estrada seja totalmente reparada, a qual se acha toda em péssimo estado.

1914- 15 de Fevereiro – a direcção das obras públicas do distrito de Santarém oficiou neste dia dizendo que está autorizado a reparar o troço da estrada nacional n.º15 Paialvo-Tomar, devendo esse serviço começar logo que o tempo permita.

1914 – 22 de Fevereiro- O presidente da comissão executiva da Câmara informa ter sido procurado pelo Director da companhia de viação Tomarense e pelo administrador da Fábrica de Fiação, os quais lhe falaram no deplorável estado em que se encontram as estradas que ligam esta cidade ás estações de caminho de ferro de Paialvo e de Chão de Maçãs, e ainda ter recebido da associação comercial e industrial um ofício tratando do mesmo assunto, que foi lido. A comissão atendendo a que se não forem feitas imediatas reparações nestas estradas o Concelho ficará em breves dias completamente isolado do resto do país por falta de comunicações, resolveu ir na sua maioria a Lisboa tratar com o Ministério do Fomento de tão importante assunto …..




1914- 16 de Abril – o vereador Duarte Faustino alvitrou a reparação da estrada de Paialvo, visto encontrar-se intransitável.


                           
                                       Assassinato do Arquiduque Francisco Fernando da Áustria,
                                           Sarajevo, 28.6.1914


Nov.1914,Capa da Ilustração Portuguesa n.º450 ,
Partida do Batalhão de Marinha Expedicionario
 para Angola


O Vagabundo, Charlie Chaplin, 1915
1915-18 de Janeiro- os directores da Companhia Papel do Prado oficiaram tratando do desgraçadíssimo estado em que se encontra a estrada de Paialvo, pedindo para que se pondere ao Governo a absoluta necessidade de fazer desde já algumas reparações mais urgentes, embora provisórias. E de providenciar para que a reparação definitiva se comece o mais tardar dentro de 2 meses.Foi resolvido comunicar-lhes que esta câmara, mais de uma vez, no ano findo, pediu ao director das obras publicas do distrito de Santarém a reparação da estrada de Paialvo, e que em sessão plenária da Câmara Municipal deste concelho foi deliberado solicitar do Ministério do Fomento que a referida reparação se fizesse com a maior urgência.
 1915- a 1 de Março realizou-se em Lisboa uma conferencia com o ministro do Fomento, a qual assistiram o presidente e vereadores, um delegado da Associação Comercial e Industrial, os directores da Companhia Papel do Prado e Companhia de Tecidos de Tomar, acerca das reparações de que carecem as estradas de Paialvo e de Chão de Maçãs. O ministro disse que ia dar ordens para que na estrada de Chão de Maçãs fossem feitas imediatamente as reparações necessárias, para se assegurar por ela o trânsito enquanto não fosse devidamente reparada a de Paialvo.
Mais tarde a Câmara recebe um telegrama em que se informa da transferência de verbas para aquele arranjo.




                     A  Formiga Branca desfilando, após a revolta de
14 de Maio de 1915
1915- 8 de Abril- o vereador Lopes Quintas,
acerca da estrada que liga esta cidade com a
 estação de caminho de ferro de Paialvo, diz 
constar-lhe que só há verba para a reparação,
do ponto em diante que ela se acha muito des
truída, até Marco da Légua (Algarvias) e sendo assim pede para que a comissão executiva envide os seus esforços no sentido de a referida estrada ser reparada por completo.





                                                                                                  
1915 – em 12 de Agosto, Manuel Mendes Godinho refere-se à proibição de carros de carga transitarem pela estrada de Paialvo, com fundamento na reparação da mesma, alegando que estando as suas máquinas, que accionam os dínamos produtores de energia eléctrica para funcionamento da Fábrica de Moagem, Moinhos e Fábrica de Luz a ser alimentados pelas lenhas provenientes dum pinhal que comprou na Quinta da Anunciada Velha, cuja serventia é a estrada em questão, com a qual liga no sitio da Azinhaga ou Choupal, será em breve trecho obrigado a cessar a laboração em virtude da falta de combustível que fica impossibilitado de para ali conduzir; que se se vir impossibilitado de fazer modificar a referida determinação, a fim de lhe ser concedido fazer o transporte das referidas lenhas, muito agradeceria, porque a dificuldade e talvez perturbações que possa produzir a falta de farinhas no nosso concelho que quase exclusivamente se abastece da sua Fábrica, e bem assim a deficiência da iluminação que terá de passar a ser de petróleo; que em caso contrário será forçado a declinar as responsabilidades de que tais factos possam advir.Foi resolvido oficiar ao Ministro do Fomento, protestando energicamente contra semelhante ordem.


A.M.T. 1901-1925 fls.37,77, 183, 348, 350, 355, 373, 374, 375, 378, 388