Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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24 de julho de 2012

Entre O Sono e O Sonho



Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim                            
Robert Joyner, 2010
É, o quem eu me suponho                           
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.

Fernando Pessoa


A meu pai, que viveu sonhando, no aniversário da sua morte.