Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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1 de junho de 2018

Transitoriedades



Imagem retirada daqui

A Adega Cooperativa de Tomar fechou em 2011. Quem hoje por lá passar vê o que a imagem mostra, ou, talvez,  ainda maior degradação!

Segundo li, foi constituída em  1957 e iniciou actividade em 1965.

Antes, no ano de 1962, decorreu a compra do terreno onde foi construída. Era uma parte ínfima de uma enorme propriedade situada na encosta sobre a cidade, entre a estrada nacional (Algarvias) e o Alto do Piolhinho, chamada de O Telégrafo, precisamente por lá se ter situado o primeiro posto de telégrafo, que pertencera ao meu bisavô José do Coito e fora depois aumentada pelo meu avô João Mota.
É no diário deste último que podemos ver como, em apenas três episódios decorridos em quatro meses, se ficou, com erro de ortografia, a pensar na possível venda, se propôs o valor e se esperou pela habitual e inevitável resposta do Estado, para, finalmente, concretizar o negócio. Chegaram três conversas com o primo dr. (de espantar, se não fosse primo!), uma delas ao telefone, para se gizar o futuro local do edifício da Adega Cooperativa de Tomar.

E a história decorreu. Gloriosa, primeiro, triste depois, decadente, por fim, como todas as histórias. Sobram as ruínas e os papéis, a provarem a existência e a transitoriedade das coisas (MFM)








1 comentário:

  1. Sublimes, estes diários de um lavrador abastado que trabalhava a terra que era três vezes sua - porque a herdara, porque a acrescentara e porque a trabalhava.

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