A abundância de água e a existência do maior figueiral da Europa nesta região possibilitaram o início da actividade industrial da Produção de Álcool Etílico a partir do figo, de que a Fábrica de Alcool de Porto da Lage constituiu um exemplo, tendo sido uma das cinco fábricas deste tipo existentes no nosso país.
Segundo testemunhos orais a fábrica terá começado a operar por volta de 1927 , fundada por um sujeito de nome Malhado, da Longra, o qual, mais tarde, por dificuldades no pagamento de créditos concedidos por António Pereira da Motta e outros, terá sido obrigado a ceder-lhes a fábrica.
A partir de 1966, foi imposto o monopólio do Estado na comercialização do Álcool Etílico, passando esta e as outras fábricas a ser fornecedoras desse monopólio, que não dispunha de estruturas produtivas.
Maria Helena Vieira da Silva, L´air du vent, 1966Com a liberalização do sector em 1993, com excepção de uma das fábricas que ainda se mantém, em Torres Novas, todas as outras encerram as suas portas.
Tratado de Maastricht 1993