21 de julho de 2012

O Pirilampo e o Sapo

Lustroso um astro volante
Rompera as humildes relvas:                    
Com seu vôo rutilante
Alegrava à noite as selvas.

Mas de vizinho terreno
Saiu de uma cova um sapo,
E despediu-lhe um sopapo
Que o ensopou em veneno.

Ao morrer exclama o triste:
- Que tens tu de que me acuses?
Que crime em meu seio existe?
Respondeu-lhe: – Porque luzes!

Marquesa de Alorna, 1750, 1839