"Finalmente, como tudo passa n'este mundo, passaram-se os vinte minutos d'espera do Entroncamento e d'alli a coisa d'um quarto d'hora chegavamos a antiga estação de Payalvo, agora tão abreviada por Thomar que ate Ihe tirou o seu velho nome, e apeavamo-nos a correr.
A estação é pobre e modestissima.
A porta, - do outro lado - estacionam tres char-a-bancs medonhos, cremos que ainda da epocha dos templarios, e onde uns conductores mal vestidos accomodavam os passageiros com o mesmo carinho como que em Nantes se accomodavam sardinhas em latas.
A estação é pobre e modestissima.
A porta, - do outro lado - estacionam tres char-a-bancs medonhos, cremos que ainda da epocha dos templarios, e onde uns conductores mal vestidos accomodavam os passageiros com o mesmo carinho como que em Nantes se accomodavam sardinhas em latas.
char-a-banc |
Gragas a Deus, e a um barbeiro da travessa da Victoria nós tinhamos mandado prevenir o Prista, o dono do melhor hotel de Thomar, para que enviasse à estação umas carruagens.
Essas carruagens são boas, commodas, tem bom
gado e fazem excellente serviços
A estrada da estação de Payalvo a Thomar é uma bella estrada real, cheia de excellentes pontos de vista, mas parece que não tem fim.
E comprida como o demónio, o caminho da estação à cidade, e ao cabo de boa meia hora de andar a bom andar, chegamos à cidade".[extracto do artigo "Três dias em Thomar" publicado na revista "O Occidente"-1885]
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