Estive outro dia a falar com um
dos meus netos sobre o blog. A iniciativa foi dele, queria saber o que fazia eu na net. Perante a sua reacção à palavra blog tive a certeza do que eu já
desconfiava. Os blogs são uma coisa ultrapassada, pertencentes à pré-história
da rede, assim como as disquetes o são para os computadores, fósseis, ninguém
nascido neste século sabe o que são. Mas lá lhe expliquei e ele,
rapaz esperto, fazendo transferências e adaptando para os interesses actuais e
os seus em particular (é um youtuber em potência - fã de um tal unspekable - embora sem grandes perspectivas
futuras próximas, coitado, devido às chamadas “restrições parentais”) percebeu.
Leu posts, ele é um interessado por Porto da Lage, interroga-se porque é que as
pessoas não arranjam as casas velhas em vez de fazerem novas, piores que as primeiras e, sobre isso, já delineou um plano de intervenção "para quando crescer" diz ele. Gostou do tema, apoiou-me. A sua cabeça, que ainda frequenta,
parcialmente, o mundo das fadas, aceita com toda a naturalidade que uma avó
alimente dinossauros. Mas a coisa mudou de figura depois de, de olhos
brilhantes de entusiasmo, perguntar:
- Quantos seguidores tem, avó?
Seguidores? Desconheço, acho que
nenhum. Aí é que já não, a cabecinha dele já não me conseguiu acompanhar. Como é possível
que ninguém me siga e, a ser assim, para que serve o seu blog avó?
Que pena ter desapontado o meu
menino! Nunca ele soubesse que a avó tem um blog! (MFM)