Esta despretensioso informação é possível, devido à investigação e publicação na internet pela Dra. Filomena Mota, ilustre descendente dos nossos avós Manuel Sousa Rosa e Ana Calçada, cujos filhos iniciaram o povoamento do Porto da Lage.
Porto da Lage é um sítio nas margens da Ribeira da Beselga, atravessado pela estrada real, que vinha de Santarém, passava por Lagar, Ponte do Alviela, Almonda, Golegã, Lamarosa, Paialvo, atravessava a ribeira por uma ponte de madeira em Porto da Lage e continuava por Fungalvaz, Chão de Maçãs, Rio de Couros e seguia para Coimbra.
O local era assinalado pela construção de um açude no leito da ribeira com uma levada e uma Azenha, motas e muros de consolidação dos terrenos da várzea, por uma extensão considerável.
Estas construções, como alguns séculos de existência, ainda hoje são bem visíveis o que denota a sua boa construção.
Outras edificações existiram: duas casas muito modestas, no troço da antiga estrada real, hoje estrada que vai de Porto da Lage à Madalena Igreja; uma casa senhorial à beira da estrada, próxima da Azenha. Esta casa foi demolida nas décadas de 1970 ou 1980.
No século XVIII, assim aparenta a sua arquitectura, é edificada uma estalagem, que ainda hoje existe, na quinta de Porto da Lage, pelo seu proprietário. Prestava assistência às diligências e viajantes que transitavam pela estrada real.
A passagem da via férrea do Norte e a edificação da estação ferroviária, trouxeram total alteração ao sitio com a construção de armazéns para recepção e expedição de mercadorias consignadas às fábricas instaladas em Tomar, durante último quartel do século XIX. Deste mesmo período são quatro habitações, uma das quais já desaparecida. Três subsistem.