Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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20 de maio de 2012

Ridicularias

Hieronymus Bosch -A nave dos Loucos


                                                      Ó mar alto, ó mar alto,

                                                      Ó mar alto sem ter fundo!

                                                      Mais vale andar no mar alto

                                                      Que andar nas bocas do mundo!


                                                       Está d’anil o céu sereno,
                                                        Vai ao campo, colhe flores;

                                                        Não m’importa o céu sereno,

                                                        Que o céu muda as suas cores

                                                    (quadras populares)


                                                 "Coitado de quem as ouve, que quem as diz desabafa"
                                                      (ditado preferido de J.A.P.M- meu pai)




Este blog tem uma pessoa por trás, responsável por colocar o que por aqui aparece! Surpresos? Pois tem!  É assunto que interessa pouco,  quase nada, o quase fica por conta de ridicularias.
Como aquela  ironia, que se julga fina, e que se lança pretendendo sobressaltar consciências e reivindicar éticas. Toda a calúnia é repugnante, quando é insinuada acresce  cobardia, pois não permite resposta directa. O ridiculo do pretexto, reflecte necessidade de afirmação. Merece respeito?  Não! Lamento.

19 de maio de 2012

Outros rendimentos



O exercicio da medicina não seria muito lucrativo, para já não falar da investigação histórica ....



Publicado no semanario «A Verdade», 1-º Jornal de Tomar, em 2 de Janeiro de 1898

17 de maio de 2012

Dia da espiga






                                        Levantei-me de madrugada
                                        Para varrer meu balcão
                                        Apareceu-me Nossa Senhora
                                        Com o cordão d’oiro na mão

                                        Pedi-lhe uma folhinha
                                        Ela me disse que não
                                        Eu lha tornei a pedir
                                        Ela me deu seu cordão

                                        As pontas que cresciam
                                        Chegavam até ao chão
                                        Nossa Senhora mo deu
                                        Em Quinta-Feira de Ascensão

                                            (Oração Popular de Quinta-Feira da Ascensão)


Compensações



Hoje, quinta-feira da Ascensão é dia feriado (municipal) por quase todo o Ribatejo e Litoral Oeste, a velha região saloia. Os locais, abandonando tradições, rumam à capital tratar de assuntos aproveitando aqui ser dia útil, juntando mais trânsito ao já caótico proveniente da greve do metro.

Em cada esquina da velha Lisboa, coloridos alguidares e baldes de plástico, transbordantes de malmequeres e encarnadas papoilas, atraem multidões que correm a “comprar a espiga” por dois e três euros, ao som de “é para dar dinheiro e sorte” e transportam-na todo o dia, nos escritórios e nas lojas, para, chegados a casa, a colocarem na cozinha, “de cabeça para baixo” a substituir a já seca, do ano anterior.







16 de maio de 2012

Paixões Funestas em Porto da Lage

Casa onde morava Maria da Purificação, com a mãe e o irmão Francisco
                                                                                                    


- Amanhã vais à missa?
- Vou, porquê? – respondeu Maria da Purificação a  Francisco, estranhando a pergunta. Há dias já que não se falavam, desde que ela terminara o namoro.
- Por nada!

Foi a última vez nesta vida que cruzaram palavras aquelas duas almas. Tinham-se entendido, trocado promessas e feito projectos. Tudo até que o irmão dela se inteirara, dissera à mãe e os dois tinham acabado com o sonho dos namorados. Ele não estava à altura da soberba da mãe nem da ambição do irmão, disseram as gentes depois da tragédia, um pobre funileiro, estabelecido na pequena loja arrendada à família dela. A herança que herdara do pai não era para ser repartida com um pobre diabo, antes para ser acrescentada com os bens de alguém, pelo menos, igual a ela.

No dia seguinte, domingo, pela manhã, Francisco Silva esperava, na estrada à saída do Paço, para consumar o que tinha andado a congeminar desde a hora fatídica em que ela o procurara “não vale a pena, a mãe e o Francisco são contra, não posso ser ingrata e fazer a infelicidade de quem tem vivido só para nós, os filhos”. Não a conseguira demover, a vontade da mãe ou, cria agora, o pouco poder do amor, que ele imaginara um dia igualar a força do seu, tinham desfeito a mais linda quimera que alguma vez nascera no seu coração triste e na sua vida solitária. Ela fora implacável, não quisera saber da sua dor, embora pugnasse também sofrer, e cortara cerce todo o alento que ele ainda suplicara.

A dureza dela e o malogro de tantas ilusões perdidas tinham feito nascer naquele dia o funesto propósito que concretizava agora. Lá vinham todos, observava ele de onde se encontrava, ela acompanhada da família, corja de gente arrogante, vinham da missa em S.Silvestre. Aproximavam-se, parecia contente ela, destacava-se dos outros, sorriu-se quando o viu. Agora! Viu-a cair, surpresa, o peito empapado em sangue. Chegavam duas vidas ao fim, pensou quando se sentiu manietado. No final o mesmo destino! Como ambos tinham planeado em dias felizes.

E  assim Maria da Purificação, nascida em Porto da Lage em 11 de Junho de 1902, perdeu a vida com um tiro de espingarda, às onze horas do dia 5 de Dezembro de 1926. Era filha de Ana de Jesus Sousa Rosa e de Manuel Escudeiro. No dia seguinte, o primo António Motta vai a Tomar fazer a competente declaração ao registo civil para que possa ser sepultada no cemitério de Cem Soldos. No assento de óbito é dada como Purificação de Jesus Rosa, a causa da morte está em branco.

Consta que, no velório, a mãe chorosa murmurava - antes assim.

Francisco Silva fora imediatamente agarrado pelos homens presentes e preso na loja da casa de Manuel Augusto Motta, em Porto da Lage, aguardando a vinda das autoridades. Depois de julgado foi condenado a degredo em Africa.(MFM*)


A capa do semanário "O Domingo Ilustrado" do domingo  seguinte 12 de Dezembro,
reproduz fantasiosamente o crime, com a seguinte legenda Em Tomar, um tresloucado, Francisco
Silva assassina sem mais nem mais, à saída da missa, a sua ex-namorada, Maria da Purificação.
Tragédia passional  intensa, apaixonou a opinião pública, pela sem razão do crime
que arrebatou uma mulher honesta, na plena força da vida.



     No local em que caiu o corpo de Maria da Purificação, erigiu a população uma cruz de ferro sobre uma base de pedra. Já só resta a base.

                                          Casa em cujo r/c esteve preso Francisco Silva,  antes de ser
                                                       levado pelas autoridades.






*- À memória da minha avó Maria José, testemunha presencial dos acontecimentos, que condenava, sem conseguir esconder a simpatia que lhe inspirara o “pobre infeliz”, que fora visitar e ouvir depois da tragédia, o qual considerava "vítima de paixões funestas e das tentações do inimigo". Livrai-nos Senhor de ambas, Amen.
*-Com os meus agradecimentos à Dulcinda Teixeira, que me recontou a história e “escarafunchou” testemunhas para conseguir arranjar datas aproximadas (1927), e também ao Registo Civil de Tomar que depois de muitas tentativas próprias, goradas, permitiu que eu procurasse directamente a data do óbito.





14 de maio de 2012

Outra vez a Estrada de Paialvo

                                                        Manifestação nos Restauradores de repúdio pelo Ultimatum inglês.
                                                         Revista “O Occidente”, nº 399 de 21 de Janeiro de 1890

1894-na sessão de 12 de Julho da Câmara de Tomar, deliberou-se pedir ao director das obras públicas do distrito para mandar continuar a reconstrução do pavimento da estrada real que liga esta cidade com a estação de caminhos de ferro de Paialvo.

                                       
                                           Boers no porto de Lourenço Marques a aguardar barco para a Europa, 1902

1902- na sessão de 27 de Fevereiro a Câmara pediu ao Governo a reparação da estrada de Tomar a Paialvo «que se acha em tal estado de derioração que se torna por ela quase impossível transitar».


                                        Entre 1900 e 1903 perto de 300.000 portugueses emigraram sobretudo para a 
                                        Brasil. Segundo o censo populacional 1901 Portugal tinha cerca de 5,5 milhões
                                        de habitantes.

1903- estrada de Tomar a Paialvo- A Câmara solicitou do Governo de Sua Majestade a reparação desta estrada pois se encontra intransitável.

                                                 

                                   

                                                             Desfile 1.º Maio 1903, Lisboa.
1904- 4 de Agosto- estrada de Tomar a Paialvo- a Câmara pediu para que esta estrada seja totalmente reparada, a qual se acha toda em péssimo estado.

1914- 15 de Fevereiro – a direcção das obras públicas do distrito de Santarém oficiou neste dia dizendo que está autorizado a reparar o troço da estrada nacional n.º15 Paialvo-Tomar, devendo esse serviço começar logo que o tempo permita.

1914 – 22 de Fevereiro- O presidente da comissão executiva da Câmara informa ter sido procurado pelo Director da companhia de viação Tomarense e pelo administrador da Fábrica de Fiação, os quais lhe falaram no deplorável estado em que se encontram as estradas que ligam esta cidade ás estações de caminho de ferro de Paialvo e de Chão de Maçãs, e ainda ter recebido da associação comercial e industrial um ofício tratando do mesmo assunto, que foi lido. A comissão atendendo a que se não forem feitas imediatas reparações nestas estradas o Concelho ficará em breves dias completamente isolado do resto do país por falta de comunicações, resolveu ir na sua maioria a Lisboa tratar com o Ministério do Fomento de tão importante assunto …..




1914- 16 de Abril – o vereador Duarte Faustino alvitrou a reparação da estrada de Paialvo, visto encontrar-se intransitável.


                           
                                       Assassinato do Arquiduque Francisco Fernando da Áustria,
                                           Sarajevo, 28.6.1914


Nov.1914,Capa da Ilustração Portuguesa n.º450 ,
Partida do Batalhão de Marinha Expedicionario
 para Angola


O Vagabundo, Charlie Chaplin, 1915
1915-18 de Janeiro- os directores da Companhia Papel do Prado oficiaram tratando do desgraçadíssimo estado em que se encontra a estrada de Paialvo, pedindo para que se pondere ao Governo a absoluta necessidade de fazer desde já algumas reparações mais urgentes, embora provisórias. E de providenciar para que a reparação definitiva se comece o mais tardar dentro de 2 meses.Foi resolvido comunicar-lhes que esta câmara, mais de uma vez, no ano findo, pediu ao director das obras publicas do distrito de Santarém a reparação da estrada de Paialvo, e que em sessão plenária da Câmara Municipal deste concelho foi deliberado solicitar do Ministério do Fomento que a referida reparação se fizesse com a maior urgência.
 1915- a 1 de Março realizou-se em Lisboa uma conferencia com o ministro do Fomento, a qual assistiram o presidente e vereadores, um delegado da Associação Comercial e Industrial, os directores da Companhia Papel do Prado e Companhia de Tecidos de Tomar, acerca das reparações de que carecem as estradas de Paialvo e de Chão de Maçãs. O ministro disse que ia dar ordens para que na estrada de Chão de Maçãs fossem feitas imediatamente as reparações necessárias, para se assegurar por ela o trânsito enquanto não fosse devidamente reparada a de Paialvo.
Mais tarde a Câmara recebe um telegrama em que se informa da transferência de verbas para aquele arranjo.




                     A  Formiga Branca desfilando, após a revolta de
14 de Maio de 1915
1915- 8 de Abril- o vereador Lopes Quintas,
acerca da estrada que liga esta cidade com a
 estação de caminho de ferro de Paialvo, diz 
constar-lhe que só há verba para a reparação,
do ponto em diante que ela se acha muito des
truída, até Marco da Légua (Algarvias) e sendo assim pede para que a comissão executiva envide os seus esforços no sentido de a referida estrada ser reparada por completo.





                                                                                                  
1915 – em 12 de Agosto, Manuel Mendes Godinho refere-se à proibição de carros de carga transitarem pela estrada de Paialvo, com fundamento na reparação da mesma, alegando que estando as suas máquinas, que accionam os dínamos produtores de energia eléctrica para funcionamento da Fábrica de Moagem, Moinhos e Fábrica de Luz a ser alimentados pelas lenhas provenientes dum pinhal que comprou na Quinta da Anunciada Velha, cuja serventia é a estrada em questão, com a qual liga no sitio da Azinhaga ou Choupal, será em breve trecho obrigado a cessar a laboração em virtude da falta de combustível que fica impossibilitado de para ali conduzir; que se se vir impossibilitado de fazer modificar a referida determinação, a fim de lhe ser concedido fazer o transporte das referidas lenhas, muito agradeceria, porque a dificuldade e talvez perturbações que possa produzir a falta de farinhas no nosso concelho que quase exclusivamente se abastece da sua Fábrica, e bem assim a deficiência da iluminação que terá de passar a ser de petróleo; que em caso contrário será forçado a declinar as responsabilidades de que tais factos possam advir.Foi resolvido oficiar ao Ministro do Fomento, protestando energicamente contra semelhante ordem.


A.M.T. 1901-1925 fls.37,77, 183, 348, 350, 355, 373, 374, 375, 378, 388

11 de maio de 2012

A espera ...


Casarão personagem de novela camiliana.



Parte I - A Felicidade -Casamentos felizes. Homens  inquietos e encurralados que buscam grandes espaços, aventura e fortuna além-mar. Mulheres apaixonadas, que permanecem, sobrevivem, criam filhos, estrangulam a solidão e esperam...

Parte II- A Expiação - Homens de torna viagem. Casamentos infelizes. Mortes trágicas. Velhos cansados sentados num banco naquela varanda, esperando .... O eterno descanso. O abandono.

Parte III -A Redenção: Filhos ilegítimos compensados,  casa cheia,   crianças que transportam  ritmos  e  cores de terras longínquas e esperam tudo...

Epílogo - O camartelo?;a ressurreição?


9 de maio de 2012

Porto da Lage e o Vereador Faustino


1912 -22 de Abril- por proposta do vogal Faustino, o condutor de trabalhos foi mandado fazer o orçamento para a obra de reparação da ponte pública sobre a Ribeira da Beselga, no lugar de Porto da Lage.

1912- 18 de Novembro - sob proposta do vereador Faustino foi aprovado que reconhecendo a necessidade de se proceder á reparação da ponte sobre a ribeira de Porto da Lage, na freguesia da Madalena, se execute a obra procurando-se primeiro obter dos proprietários limítrofes quaisquer donativos com o fim de nela serem empregados. Declarou ainda que na inspecção que a ela fizera, fora acompanhado pelo empregado Técnico da Camara.

1916- 20 de Novembro- ponte sobre a ribeira de Porto da Lage- o vereador Manuel Mendes Godinho Júnior pediu a sua reconstrução, ao que o vereador Faustino disse que se ia fazer.

Infelizmente não foi possível apurar quem fosse o vereador Faustino. 
Vê-se assim Porto da Lage impossibilitado de colocar aqui alguma biografia que atestaria, estamos certos, a dedicação do ilustre autarca à causa pública. Seria a nossa forma de nos mostrarmos gratos pela sua visita e pela boa vontade demonstrada. É certo que a ponte ainda não teria seria reconstruída por aqueles tempos (só o foi em 1933) mas, mais uma vez, estamos certos, não foi por falta de empenho de Sua Excelência!
Não queremos, porém, deixar de prestar uma homenagem, singela homenagem, àquele edil.
Em sua memória aqui se deixa a beleza de imagens de obras de arte, que têm como tema a razão de ser do seu pelouro. Ei-las ao longo dos tempos e das várias escolas e correntes artísticas

                                          Hans Lautensack, Landscape with a Portrait of Albrecht
                                                        Dürer, 1553



                                             Canaleto, A velha Ponte de Walton, 1754


                                                    Walter Greaves, Ponte de Hammersmith  em dia de corrida
                                                        de barcos, c. 1862
                

                                         Vincent van Gogh, A Ponte de Trinquetaille, 1888



                                           Childe Hassam, Dia de Inverno na Ponte de Brooklin, 1892


Paul Cezanne, Ponte sobre o Marne em Creteil c.1894

Edvard Munch, Quatro raparigas na ponte, 1902

Andre Derain, Ponte de Londres, 1906


                                                 Andre Derain, Charing Cross Bridge, 1906



                                            L.S.Lawry, Canalbridge, principio do sec.XX


Picasso, Paisagem com ponte, 1909
                                   


                                         Martin Lewis, Trabalhadores nas docas de Brooklin, 1916


                                                 Joseph Stella, A ponte de Brooklin, 1917




                                                      Claude Monet, Ponte japonesa, 1922




                                          Frances Hodgkins The weir, 1925



                                            Iackov Chernicov, Fantasias da Arquitectura, 1925-1933



Hiroshi Yoshima, Kameido Bridge, 1927



                                                       Rolf Nesh, Elb Bridge, 1932

   

                                                 Gino Scipione, A ponte dos Anjos, 1935


                                                    Milton Avery, Ponte para o mar, 1937


                                             Andreias Feininger, Ponte de Brooklin, 1940


                                              Dali, O buraco do sonho, 1945



                                          Johann Berthelsen, Brooklyn Bridge with New York skyline



                                                 Anthony Derret Johnson, Berwick Bridges, 2006

                                            Luc Tuymans,  Bridge, 2009



Fonte:A.M.T. 1901-1925
, pags.296, 314, 414

7 de maio de 2012

Caminho PL-Paialvo, Já estará reparado?

1876 -17 de Março- foi aprovado um pedido da junta da paroquia de Paialvo, para que a contribuição braçal com respeito aquela freguesia fosse aplicada no conserto da estrada desde o lugar de Paialvo até a estação de caminho de ferro de Porto da Lage

                                                   Claude Monet, A caçada, 1876
                                         
1878 -1 de Marco- a Junta da Paróquia de Paialvo requereu e foi-lhe concedida a finta de braçal para reparar os caminhos de Paialvo para o lugar de Porto da Lage (estação dos caminhos de ferro).

                                         Alfred Sisley, Mercado de Marly, 1877
                     
1878 - 12 de Abril- tornando-se de reconhecida utilidade pública a construção de uma estrada municipal de 3.ª classe que ligasse o lugar de Paialvo em um ponto qualquer com a estrada de Tomar à estação de caminho de ferro de Paialvo, propunha que se procedesse ao reconhecimento do terreno a percorrer, sendo encarregado desse serviço o empregado técnico da câmara

                                           Edgard Degas, Lavadeiras, 1878

1878- 23 de Setembro  -Foi autorizado o empregar-se na reparação do caminho de Paialvo à estação de caminho de ferro o imposto do serviço braçal dos lugares de Paialvo, Vila Nova, Carrascal, Carrazede, Bexiga, Delonga, Casal de Baixo e Casal João de Deus, da Freguesia de Paialvo; e dos lugares de Cem Soldos, Poços, Sobreiras, Gaios, Porto Mendo, Caniçal, Corujo e Marmeleiro, da Freguesia da Madalena.

   Edouard Manet,Rapariga no Jardim de
Bellevue 1880



                                            Henri de Toulouse-Lautrec, Nas Corridas, 1899
                        
1905- 11 de Maio- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo - a comissão distrital aprovou o projecto e orçamento deste caminho vicinal.
1905- 23 de Junho- caminho de Porto da Lage a Paialvo - a câmara anunciou a arrematação das terraplanagens e obras de arte entre os perfis 0 e 42 na extensão de 834M,93 sendo a base de licitação a quantia de 210$242 réis
                                             Edvard Munch, de Thuringewald c.1905.

 1905- 23 de Junho- caminho de Porto da Lage a Paialvo - a câmara anunciou a arrematação das terraplanagens e obras de arte entre os perfis 0 e 42 na extensão de 834M,93 sendo a base de licitação a quantia de 210$242 réis.

1905- 27 de Julho- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo – a câmara arrematou por 210$000 réis as terraplanagens e obras de arte entre os perfis 0 e 42 na extensão de 834M,93, a João Nunes Cartaxo do Outeiro de Pai Mouro, por 197$000 réis.
                                           
                                                        Paul Cezanne, Château noir, 1905

1906- 8 deFevereiro - caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo - a câmara anunciou a arrematação do pavimento entre os perfis 0 e 42 na extensão de 834M,93 deste caminho sendo a base de licitação a quantia de 300$000 réis.
1906- 1 de Março- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo - a câmara  arrematou a José Ferreira, de Ceras, por 299$000 a construção do pavimento entre os perfis 0 e 42 na extensão de 834M. 
                                           Henry Matisse, Paisagem em Colliore, 1905

1906- 9 de Agosto- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo - a câmara  pagou a José Ferreira, de Ceras, por conta desta obra 100$000.
1906- 4 de Outubro- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo –foi presente a nota de expropriações a fazer com a construção deste caminho, que importava 65$000 réis.
                                                        Pablo Picasso, Ma jolie, 1909

1910- 21 de Novembro- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo – pagar a Manuel Ramalhete Júnior, dos Pouzos, 100$000 por conta das obras de terraplanagens e obras de arte  neste caminho.
1911- 11 de Setembro- caminho de Porto da Lage a Paialvo – a junta da paróquia de Paialvo, em vista desta câmara ter de mandar proceder ao alargamento deste caminho, pede que se faça dando a maior largura no dito caminho. A câmara ficou inteirada.
                                                Kandinsky, Composição IV, 1911

1912- 12 de Agosto- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo- o presidente da comissão administrativa de Paialvo pede à Camara para mandar proceder com urgência à reparação deste caminho, pois se aproxima a estação invernosa.
1914- 23 de Março- caminho vicinal de Porto da Lage a Paialvo- pagou-se a José António das Neves, do Casal de Baixo, seu arrematante, 50$00 pela obra de empedrado e alinhamento entre os perfis 42 e 93.

                                                     Mondrian, Árvore Cinzenta, 1911
1917- 1 de Outubro- a câmara deliberou mandar consertar o caminho publico de Porto da Lage a Paialvo.

1920- 7 de Julho- antiga estrada real- a junta de Paialvo pede que se façam nesta antiga estrada, as reparações indispensáveis, podendo contar com o auxílio do povo.

                                                 Juan Miro, Carnaval de Arlequim, 1925

1925- 3 de Agosto - caminho de Porto da Lage a Paialvo - o condutor de obras foi mandado proceder ao orçamento da sua reparação
.
                                      
                                                      Paul Klee, Madrugada em Ro, 1927





Fonte: A.M.T, vol 1870-1900: fls104,147, 244; vol 1901-1925: fls. 94,99, 101, 113, 115, 126, 267, 308, 352, 427, 505, 590.