Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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6 de abril de 2013

Em Cima da Mesa




A" narrativa" do "em cima da mesa" "faz sentido" ou "é incontornável" e "expectável"?

Não sei, sinceramente, o que é pior:
 1. "o cenário dramático em que estamos envolvidos", com "as mudanças de protagonistas que se   avizinham";
 2. o discurso mediático "em presença" sincopado e de uma pobreza vocabular miserável que já me obrigou a ouvir "pôr em cima da mesa" em uma hora, mais do que aguenta um empregado de restaurante em 40 anos de trabalho;
3. esta minha desgraçada garganta que não me deixa fugir daqui (essa de desligar a televisão é só simples de dizer, adiante ...).
 
Esta minha profunda, visceral mesmo, fúria contra o lugar comum faz-me levantar os olhos ao céu e rogar a todos os deuses, de todos os tempos, e aos seus ministros e heróis,e a todas as forças, mesmo do menos bem, do mal não digo,  que, sem ironia, ponham em cima das suas mesas a possibilidade de tornar pecado, mortar sim, mortal, a gente ser agredida com a terminologia jornalistico-snob-urbana que para além de reduzir a língua portuguesa à mais ínfima espécie, torna os jovens pobres imbecis que, coitados, pouco mais que grunhem, incapazes de perceber as gerações mais velhas.
Cá vão algumas das ditas, para que possam lá pôr em cima o que entenderem de útil para o fim em vista:




Com a minha homenagem às respeitosas mesas, daquele lugar comum necessário e merecedor de consideração que é o dia de todos os dias, mesas burguesas de naperon, do campismo proletário das sardinhas de verão e dos sitios onde se produz
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