Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

Si hortum in biblioteca habes deerit nihil
Todos os textos aqui publicados podem ser utilizados desde que se mencione a sua origem.

25 de novembro de 2020

Grande Incêndio III

 

No dia seguinte os dois maiores jornais nacionais noticiavam assim o ocorrido em Porto da Lage.



Jornal O Século de 15 de Maio de 1948






Jornal Diário de Notícias
de 15 de Maio de 1948





16 de novembro de 2020

Grande Incêndio II



Já tivemos ocasião de falar, aqui  do enorme incêndio ocorrido em Porto da Lage na madrugada de 14 de Maio de 1948. Ficamos agora a saber que, logo na manhã desse mesmo dia o país inteiro tomou conhecimento da grande tragédia que acabaria por vitimar três homens. Em cima do acontecimento, nas Últimas Notícias de O Século. No próximo post veremos as noticias dos dias seguintes. (MFM)





 



12 de novembro de 2020

Gonçalo Ribeiro Telles

 


       Homenagem de uma "urbana com memória rural", republicana que votou PPM. Que tenha, finalmente, encontrado a sua cidade. (MFM) 

11 de novembro de 2020

Novembro

 


Eu sou o Novembro,

O mês dos Santinhos.

Em que os lavradores

Provam os seus vinhos.


                                  Pelo S.Martinho prova o teu vinho




                                                                                  Dos Santos ao Natal
                                                                                     É Inverno natural



«Si hortum in biblioteca habes, deerit nihil»





Quadra, ilustração e ditados populares retirados de  "Cantares de Todo o Ano"(selecção de cantigas populares portuguesas), 2.ª edição, Colecção Educativa, Série F, número 6, Ministério da Educação Nacional, Direcção Geral do Ensino Primário, 1971.

2 de novembro de 2020

Mortos de Porto da Lage

Hoje, dia 2 de Novembro, que a liturgia católica dedica aos fiéis defuntos, lembro-vos as exéquias de um notável portodalagense da sua época. Figura esquecida no tempo, tal como o serão aquelas que o acompanharam na sua última viagem, quando os que ainda as recordam já cá não estiveram e tal como o seremos nós, um dia, quando o pó da lembrança desaparecer de vez com a partida dos nossos contemporâneos. Para todos, os que eu conheci e os outros que, num tempo passado qualquer, contracenaram as suas vidas no palco de Porto da Lage (as pedras são maiores que nós), vai a minha homenagem e o desejo de eterno descanso, onde quer que estejam (MFM)

Numa noite de Outono de há perto de cem anos, um lúgubre mas imponente cortejo deixava Tomar em direção a Porto da Lage. Tratava-se do grandioso acompanhamento fúnebre do cadáver encerrado num rico caixão daquele que em vida se chamara João dos Santos Faustino.

O falecido, comerciante benquisto e muito conhecido, que fora dotado de invulgares qualidades sendo, por assim dizer o procurador de toda a gente que precisava de serviços na Estação de Paialvo e a quem muita gente devia favores, teve funeral condizente com o estatuto e amizade que todos aqueles predicados tinham granjeado em vida.

Nesta conformidade, priores de várias freguesias, representantes de diversas forças vivas, desde a Confraria do Smo. Sacramento, passando pela Banda dos Carrascos até um dr. e um engenheiro naval, mais muitas senhoras e muitíssimos cavalheiros, o acompanharam, no dia seguinte, desde Porto da Lage até à sua última morada, em Cem Soldos.


O sr. João dos Santos Faustino seria o mesmo Faustino dos Santos (ou um filho seu?), que vinte anos antes, comprara uma casa a João Maria de Sousa, para que este nela instale uma taberna, permanecendo os antigos donos ainda com o pátio mas comprometendo-se a não o utilizar de forma a fazer concorrência ao negócio. Esta taberna, por transmissão direta entre herdeiros, seria aquela que as últimas gerações ainda conheceram como "a do José Jaime".(MFM)