Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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29 de setembro de 2013

Tempo de Eleições - Evito Mais de Lá Voltar



Em tempo de eleições, o exemplo de um dia das ditas em Porto da Lage há quase 54 anos contado pelo eleitor João Pereira da Mota: ... ao passar à escola apareceu o meu irmão António e M. Rosa, deu-me uma lista e votei, evito mais de lá voltar ...


[Durante o Estado Novo realizaram-se eleições para as Juntas de Freguesia,  legislativas e presidenciais (estas até 1958).
Havia dois processos de recenseamento dos eleitores: a inscrição oficiosa, feita pelas comissões concelhias de recenseamento (compostas por elementos da União Nacional) com base nas indicações fornecidas pelos serviços públicos e que eram instruídas para “aumentar o número de eleitores de reconhecida idoneidade política” e a livre inscrição de eleitores, que era praticamente insignificante.
Podiam votar os homens maiores de 21 anos, chefes de família, que soubessem ler e escrever e contribuíssem com um determinado valor para o Estado, bem como um número muito restrito de mulheres que fossem chefes de família, tivessem curso geral dos liceus ou curso superior ou contribuíssem com uma determinada quantia para o Estado. Não podiam ser eleitores todos os que o Governo considerasse que “professassem ideias contrárias à existência de Portugal como Estado independente e à disciplina social e os que notoriamente carecessem de idoneidade moral”.
Os boletins de voto eram fabricados e distribuídos pelas candidaturas, não podendo haver qualquer tipo de diferenças entre eles. Assim, a oposição, nas eleições em que era permitida a sua candidatura, tinha de tentar averiguar como eram os boletins de voto da União Nacional para poder fabricar iguais. A simples diferença de milímetros na espessura do papel ou uma ténue diferença na tonalidade da cor era o suficiente para anular os boletins da oposição. Estes boletins eram distribuídos pelos eleitores por elementos das próprias candidaturas o que colocava entraves à oposição pois  não tendo acesso à cópia dos cadernos eleitorais não sabia quem estava ou não recenseado para poder distribuí-los.] (MFM)
Nota: As condições politicas e sociais em que se desenvolviam as eleições na época referida penso que são conhecidas de todos. Pretendeu-se aqui apenas dar um pequeno contributo para recordar o seu ordenamento legislativo e técnico; quem tiver a mesma curiosidade relativamente à Monarquia Constitucional e à  1.ª República, estes links apresentam excelentes resumos.

25 de setembro de 2013

Cristãos-Velhos e Porto da Lage


As habilitações de genere são posteriores ao Breve "Dudum charissimi in Christo" do papa Xisto V, de 25 de Janeiro de 1588, que proibia o provimento de benefícios em pessoas com ascendência de cristãos novos.

Francisco de Quevedo(1580-1645), orgulhoso
cristão-velho:
Yo te untaré mis obras con tocino/
 porque no me las muerdas,
 Ninguém, mesmo apresentado pelo bispo ou pelo Papa, podia tomar posse de um benefício dentro da diocese, sem se tornar previamente “habilitado”, ou seja, sem ser submetido a rigoroso inquérito cuja conclusão provasse que o próprio e a sua ascendência eram cristãos-velhos, sem mistura de judeu ou outra raça. Inquirições de genere eram pois inquéritos à ascendência que tinham por finalidade provar a limpeza de sangue dos candidatos a determinados cargos e que davam origem a processos. Nos candidatos à vida clerical a habilitação de genere era condição para o requerimento da primeira tonsura.  O processo de habilitação iniciava-se com a petição do habilitando dirigida ao bispo da sua diocese, onde constava a filiação, a naturalidade dos pais, os nomes e naturalidade dos avós paternos e maternos. Na altura o habilitando depositava na Câmara Eclesiástica, a quantia necessária para as despesas das diligências, sendo-lhe passado um recibo. Sendo necessário fazer diligências noutra diocese, o juiz das habilitações de genere enviava ao respectivo juiz ordinário, uma precatória ou requisitória de habilitação.

Para proceder às respectivas diligências, existia um juiz comissário que, com o seu secretário, se deslocava ordinariamente às freguesias de naturalidade dos inquiridos, dos seus pais e dos seus avós, com a finalidade de proceder ao inquérito. O comissário começava por abordar os párocos das freguesias dos inquiridos, encarregando-os de nela escolherem as testemunhas. O interrogatório era então feito àquelas testemunhas, em número de oito ou mais, idóneas e bem informadas. Os depoimentos eram jurados sobre os Santos Evangelhos e com declaração de pena de excomunhão contra os transgressores. Uma das normas impostas consistia em guardar segredo sobre as declarações prestadas. Os inquéritos obedeciam a seis quesitos. Destes, os cinco primeiros diziam respeito ao conhecimento dos indivíduos em causa e dos seus ascendentes – pais e avós paternos e maternos. No sexto, perguntava-se se eles foram sempre cristãos e limpos de sangue. Inquiria-se ainda se alguma dessas pessoas fora alguma vez penitenciada pelo Santo Ofício, se pagara finta lançada a gente hebraica, se cometera crime de heresia, se incorrera em infâmias e coisas semelhantes. Da instrução também faziam parte, as certidões de baptismo do habilitando e de seus ascendentes, as certidões de casamento dos pais e avós, podendo ainda constar as declarações dos ofícios dos pais e avós paternos e maternos, entre outros documentos.
A sentença dada em relação, confirmava a informação genealógica do habilitando. Se a quantia depositada excedesse as despesas das diligências, o depositante era reembolsado, assinando o recibo que ficava no processo.

Os irmãos Manuel da Costa e Simão da Costa, candidatos a padres, moradores no Arcebispado de Lisboa “há muitos anos e naturais da Prelazia de Tomar, freguesia de Santa Maria Madalena”, filhos de Manuel Dias e Maria da Costa, moradores em Cem Soldos, netos paternos de Belchior Dias e Catarina João e maternos de Simão da Costa e Filipa Simoa, pedem que lhe seja feita a sua inquirição de genere em 20 de Dezembro de 1695. Nesta sequência é enviada uma carta precatória para Tomar, cujo juiz despacha no sentido de serem feitas diligências na Madalena. Em Cem Soldos são ouvidas dez testemunhas, incluindo um padre, não percebi se seria ou teria sido o pároco, embora a sua idade, 93 anos (pouco mais ou menos, como todos os interrogados) indique que já não estivesse em actividade, digo eu. Pois além do padre Matheus Nunes depõem Manuel Vaz, Manuel Lopes Mourão, Manuel Dias Carvalho, Manuel Gonçalves, todos eles de aproximadamente 62, 87, 72 e 60 anos , Grácia Nunes viúva, também com 93 anos “pouco mais ou menos”, João Lopes, homem solteiro que foi lavrador, com 90 anos “pouco mais ou menos” , António Lopes, António Jorge e António Nunes, todos trabalhadores com 44, 52 e 62 anos “pouco mais ou menos”, respectivamente. Todos se pronunciam sobre o grau de conhecimento que têm ou tiveram com os habilitantes, com os pais e com os quatro avós. A alguns conheceram de toda a vida de outros só ouviram falar. Do que conhecem garantem ser baptizado, cristão-velho sem mancha de judeu, mouro, mulato, mourisco ou de outra nação infecta das reprovadas em direito pela nossa Santa Fé Católica. De cada declaração é lavrado auto que é assinado com nome ou cruz.

No final do processo a sentença, emitida em finais de 1696, conclui pela limpeza de sangue dos dois manos que terão sido, esperemos que sim, dois saudáveis e felizes representantes da sua igreja, enquanto foram vivos. Depois …esperemos que também.

À semelhança dos irmãos Costa, em 1716 o padre Manuel Escudeiro, também de Cem Soldos, o padre Manuel Lopes Brandilanças em 1699,o padre  Manuel de Sousa em 1704 e o padre João de Sousa em 1714, todos os três de Assentis, foram sujeitos a inquirições de genere e a todos foi certificado que detinham a competente pureza de sangue. Todos eles pertencem a famílias - Costa, Escudeiro e Sousa – que, por sua vez, deram origem às gentes de Porto da Lage.   Manuel de Sousa Rosa é descendente directo dos pais de todos aqueles padres, à excepção dos Costa. Augusto Motta através do lado materno descende dos Sousa e dos Escudeiro e, do paterno, dos Costa. Mas, a bem da verdade eu já intuía, não precisava de tanta inquirição para saber que os que eu conheci só podiam ser “da boa e velha cepa” de cristãos velhos! (MFM)

O Padre António Vieira  lutou para acabar com a distinção entre cristãos-velhos e cristãos-novos,
 não o conseguindo. Curiosamente foi o Marquês de Pombal, inimigo dos jesuítas, que acabou com tal distinção
 em 1772.


                                                          
Bibliografia Consultada: ADVIS , boletim informativo do Arquivo Distrital de Viseu; site da Torre do Tombo

23 de setembro de 2013

Porto da Lage nas Estradas Romanas






Mapas constantes da publicação: "Subsídios para a Carta Arqueológica do Concelho de Tomar"
de Maria João Mêndia de Castro, Lisboa, 1973- Dissertação para a Licenciatura em História, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. 

10 de setembro de 2013

Recordar é Matar Saudades 8

A diáspora portuguesa, na qual se insere, à sua medida, a portalegense, trouxe sempre o seu reverso – os torna-viagem mais os de fora arrastados por aqueles. É o caso que, desta vez, Dulcinda Teixeira nos conta. José Pereira da Mota, natural das Sobreiras onde nasce em 1908, filho de mãe portalegense, parte, rapaz novo, no final dos anos vinte do século passado à procura de vida melhor para a distante colónia de Moçambique. Por lá prospera e se liga por casamento a uma família de origem mauriciana. Por sua influência, um sobrinho da mulher vem frequentar o colégio em Tomar e assenta arraiais nas férias por Porto da Lage e Paço da Comenda. Parece que a simpatia e o desprendimento africanos encantam de modo geral os nativos, fascinam as raparigas, contendem as mães e provocam, por fim, casamento. O estudante moçambicano constitui então família com uma local e com ela regressa à terra de partida, com passagem por outros mundos. Por fim, a volta derradeira. José Pereira da Mota, a causa do rumo destas vidas, repousa, por vontade expressa, no cemitério de Cem Soldos.(MFM)


Quem era Luís Charles Dupont?

Luís Dupont com um grupo de PL em 1952

Se não estou em erro de memória nos finais do verão de 1948 chegou a Lisboa um jovem vindo de Moçambique com destino ao velho colégio Nun’Alvares em Tomar ainda situado na Av. Dr. Cândido Madureira, em frente ao hospital da Misericórdia.
Esse jovem era sobrinho da esposa de um senhor natural das Sobreiras, de seu nome José Pereira da Mota (filho de uma Brigida Rosa Motta, das Sobreiras e de um António Pereira, dos Gaios) o qual, muito jovem nos finais dos anos 20, emigrou para Moçambique. Sei que em rapaz tinha sido empregado na mercearia da tia Anita e do tio António da Quinta.
Ora o Luís Dupont ao chegar à Metrópole como ainda não havia aulas veio para casa da mãe de José Mota. Quando começou o ano lectivo foi interno para o Colégio e vinha nas férias para as Sobreiras.
O Luís era muito comunicativo, atencioso, vestia calção branco e camisa branca, tinha mesmo um ar de África e lá no Paço da Comenda havia uma ou duas raparigas que andavam encantadas com ele.
O Luís morou ainda, durante as férias, em casa de uma senhora D.Conceição que devia pesar mais de cem quilos e morava ao lado do José Alfaiate na estrada para Torres Novas e também nas águas furtadas da casa do Dr. Henrique Mota, por cima do Taxa, pai da Estela. Depois houve confusão entre as mães da Estela e da Lurdes Nunes e o Luís deixa aquela casa. Agora não sei se ele veio das Sobreiras para a casa da D. Conceição ou se foi das águas furtadas para a D. Conceição.
Aquela D. Conceição não era de cá, veio da freguesia das Olalhas concelho de Tomar, não sei como vieram aqui parar. O Quim Bernardo, seu neto, deve saber. A mãe do Quim era filha da D. Conceição. Não me lembro do Quim ser bebé, recordo-me de ele ser menino de três/ quatro anos a caminho de Paialvo no meio da mãe e da avó, íamos para a missa. Gentes de fora que vieram para a nossa terra por várias razões.
Em 1951 ou 1952 o Luís frequentava Medicina na Universidade em Coimbra e já namorava com a Lurdes cuja família se mudou para o Paço da Comenda, eu já pouco o via embora ele viesse aqui passar férias.
Formou-se em Medicina, casou e nasceu o primeiro filho, passados dois ou três meses foi para os EUA 5 anos com uma bolsa. Em 1964 regressou com a família a Lourenço Marques, nasceu lá a filha em 1967. O Luís e a Lurdes em Lourenço Marques foram muito meus amigos. Ele tinha consultório numa avenida da baixa. Quando eu podia ia lá um bocadinho conversar com a Lurdes.
Também em Lourenço Marques conheci os pais do Luís, os dois irmãos e a irmã. Conheci também o José Pereira da Mota de que falei atrás, a esposa, que era tia do Luís, irmã da mãe, e as três filhas. Enfim, conheci os Dupont todos. O pai do Luís era natural das ilhas Maurícias, a mãe era uma mistura de África com Ásia, pelo menos parecia-me. A esposa de José Mota era uma bonita mulher. Cabelos negros muito encaracolados, pele branca mimosa, com traços (nariz) africanos. O Luís em Lourenço Marques era mais mauriciano do que africano. Os filhos do Luís, o mais velho e o mais novo já tinham traços europeus. A filha que faleceu depois da mãe quinze anos, quem a conheceu aos vinte anos, diz que era uma beleza exótica. O filho do meio, o Tony, é o retrato vivo do pai. Tinha todo o orgulho em dizer “eu sou americano”. Nasceu em Boston, um ano depois da minha filha.
Os dois rapazes filhos do casal devem viver ainda no Porto. Casaram, descasaram, voltaram a casar, etc.
Em 1974 regressámos todos às origens. A família Dupont instalou-se na cidade do Porto. Quando eu regressei da África do Sul a Lurdes já estava doente tendo vindo a falecer vítima de câncer da mama, a mesma fatalidade que levou há 13 ou 14 anos a filha que deixou um bebé com um ano.
Em 1976 ainda vi os cinco em casa do Ilídio no Porto.
A doença do Luís agravou-se muito algum tempo depois de ter casado 2.ª vez com uma médica da Figueira da Foz. O Luís faleceu no princípio de 2012, diabetes ao mais alto grau.
A última vez que o vi foi há uns treze anos, no tribunal quando do divórcio de uns amigos nossos.
A estória do percurso do casal Dupont foi muito cheia de trabalho, nome, bem-estar, economicamente um sucesso, mas infelizmente não lhes faltaram doenças. (Dulcinda Mota Teixeira)

3 de setembro de 2013

Recordar é Matar Saudades 7

                                           
                                                            Saída Para a Missa


... a manobra correu mal e lá vai tudo parar à ribeira.... *

Não sei ao certo que idade tinha um rapazinho que este ano completa 79 anos. Calculo que esta facto aconteceu em 1941 ou 1942. Seria Primavera porque a ribeira não levava muita água. Era Domingo, horas de sair de casa na charrette a caminho de Cem Soldos para participar na Missa das 9h 30m como foi habitual durante largos anos.
Quem queria ir à missa? Era a tia Anita Rosa Mota, mãe do sr. João Narciso e avó do Henrique António Narciso (teria talvez oito anos e tal). A senhora era casada com o meu tio António (da Quinta) pessoa muito cuidadosa com os animais e muito competente para conduzir um cavalo, macho ou uma junta de bois. Não sei dizer por que razão o tio António não tomou a seu cuidado preparar a charrette e o cavalo com os seus arreios para atrelar o animal. A casa de habitação tinha um pátio calcetado onde se atrelava o cavalo e as pessoas subiam para a charrette. Para sair, passavam por um túnel de baixo da casa, um espaço que vinha dar à estrada, fechado pelo portão. Contava, quem viu o acidente, que a avó e o neto vinham em cima da charrette quando saíram do portão. Ao lado da entrada segue a ribeira. Nesta data a Câmara ainda não tinha feito as obras que agora existem. Em frente do portão havia, do lado da ribeira, um murete com dois ou três metros de comprimento e 50 cm de altura. Penso que a charrette vinha de marcha atrás. A manobra correu mal e lá vai tudo parar à ribeira.
Lembro-me que quando cheguei lá a casa com a minha mãe, o Henrique estava embrulhado num cobertor com a cabeça molhada e a avó estava a ser tratada pelo irmão Henrique (médico) e tinha sangue na cabeça. Não me lembro de ver o tio António, nem sei se o cavalo ficou ferido e a charrette ficou inteira. Se o Henrique se lembra só ele pode corrigir-me. As pessoas (10) que ali moravam já todos faleceram, bem como os pais do Henrique que não moravam ali.
Quem teria sido o culpado da aventura frustrada só o neto, a avó e o marido da avó saberiam.
Lembras-te Henrique?  (Dulcinda Mota Teixeira)

* Pormenor retirado da ilustração daqui

2 de setembro de 2013

Recordar é Matar Saudades 6

                                Serenata a Fungalvaz

No inicio do Grémio a juventude masculina andava muito motivada com a cultura. Havia quem os estimulasse. Então, talvez por volta de 1935 ou 36 formaram um grupo de alunos de música. Violinos, guitarras, violas, cavaquinho e não sei que mais. Quando os futuros elementos da banda de Porto da Lage já sabiam arrancar os sons dos seus instrumentais combinaram ir uma noite até uma povoação que se chama Fungalvaz que dista daqui uns três quilómetros.
O que iam os jovens de Porto da Lage fazer a Fungalvaz de noite? Uma serenata às jovens de lá!
Mas correu muito mal! Os jovens de lá não aceitaram a visita dos vizinhos românticos. Correram-nos com pedras e paus.
Os nossos para lá foram estrada fora, no regresso vieram a corta-mato, camuflados com as hortas e vinhas. Um perdeu o arco do violino, outro estragou a guitarra. Chegaram a porto salvo arranhados e rotos.
Esses jovens hoje teriam cem anos, uns mais outros menos. O meu irmão este ano completava 90 anos, era dos mais novos, não sei se participou nesta serenata. O seu violino esteve intacto muitos anos em casa dos pais, levaram-no para o Porto e não sei que caminho levou.
Não sei as letras das canções desta época mas recordo-me de ouvir as minhas irmãs mais velhas cantarolar: “ A chita da minha blusa já não se usa…”, outra era a do Zé Ninguém …”Soldado lá das trincheiras, se vires o porta-bandeira …, outra ainda “…oh Ribatejo pai do meu Tejo, já te não vejo sempre a cantar…”
Ainda hoje quando há programas de canções de sempre volto à minha infância tão distante! (Dulcinda Mota Teixeira)


Fungalvaz by night (foto tirada da net). Haveria luar naquela noite?