Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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20 de janeiro de 2020

Mosaico Romano





A obra Agiólogo Lusitano dos Santos e Varões Ilustres em Virtude do Reino de Portugal e suas Conquistasdo Padre Jorge Cardoso (Lisboa 1606-1669) refere a pags. 761 do Tomo III, como se pode ler na cópia do original, abaixo:  « ...toda a campina de S.Silvestre é povoada de casais, vinhas, pomares e terras de pão. E contra toda a diligência humana cada dia se descobre quantidade de telhões, pórticos e colunas que o tempo lança fora da terra. E no Carvalhal está uma fonte cuja água ia ter à Beselga por canos de chumbo, os quais apareceram há poucos anos junto à estrada que vai para a igreja, de que tiraram algum proveito seus pobres moradores.»

Sensivelmente 300 anos mais tarde o jornal "O Século" publica a seguinte notícia:


Jornal "O Século" 28.07.1959

Nos três séculos que mediaram entre as duas noticias, e antes, muito antes, percebe-se o proveito que estes e outros "tesouros" (leia-se o resto da transcrição do "Agiólogo") trouxeram aos "pobres moradores", as moedas minorariam a fome, os telhões, pórticos e colunas ajudariam no reforço das paredes e muros de casas e fazendas e até a guarnecer o leito alteroso da ribeira. Mas após 1959 o que foi feito? (MFM)


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   in Padre Jorge Cardoso, Agiólogo Lusitano dos Santos e Varões Ilustres em Virtude do Reino de Portugal e suas Conquistas, 1652-1666, edição facsimilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com estudo e índices de Maria de Lurdes Correia Tavares, Porto 2002.