Em 1.º dia do mês de Setembro de seiscentos e noventa e sete anos baptisei e pus os santos óleos a Josepha filha de Joseph Lopes e de sua mulher Maria Lopes moradores no Porto da Lagem, padrinhos Joseph Godinho Ribeiro por procuração de Luísa Roiz da Ribeira de Litém do Bispado de Leiria e por ser verdade fiz este assento que assinei dia mês ano supra
Frei António Amador
Em vinte e oito dias do mês de Abril do ano de setecentos e um baptisei e pus os santos óleos a Manuel filho de Simão Roiz e de sua mulher Isabel Freire moradores no Porto da Lagem, padrinhos Manuel Gavião de Fungalvaz e Maria Freire de Carvalhal do Pombo, freguesia de Assentis, e por ser verdade fiz este assento que assinei dia mês ano supra
Frei António Amador
Fonte: Assentos de Baptismo da Madalena, Fundo dos Registos Paroquiais da Torre do Tombo
O primeiro assento de batismo chamou-me à atenção por evidenciar as ligações antigas, e menos evidentes, de alguns "forasteiros" a Porto da Lage. Neste caso, identifiquei o padrinho, José Godinho Ribeiro, morador na Ribeira de Litém do Bispado de Leiria, como um dos filhos do primeiro casamento de Duarte Ribeiro (natural da Torre da Magueixa, morador em Leiria, rendeiro das Lezírias da Coroa e da Mitra de Leiria e bisavô materno de Raimundo José de Sousa). Este José Godinho Ribeiro era tio avô de Raimundo José de Sousa por ser meio-irmão da sua avó materna. Raimundo josé de Sousa era natural do Paião, tal como a mãe, Micaela Maria de Salazar. Foi casado com Ana Teresa Doroteia de Sequeira e Silva, desembargador, juiz de fora da Golegã, Cavaleiro da Ordem de Cristo e senhor da Quinta de Porto da Lage.
ResponderEliminarObrigada pela sua contribuição. Desconhecia que José Godinho Ribeiro era tio avô de Raimundo José de Sousa, embora, naturalmente, este seja mais do que nosso conhecido como, não sei se teve ocasião de ver, demonstram estes posts https://www.blogger.com/blog/post/edit/5317552735280816338/3715181071661601215
Eliminarhttps://www.blogger.com/blog/post/edit/5317552735280816338/6164241737671344709
https://www.blogger.com/blog/post/edit/5317552735280816338/1547861316536417685
Sabemos sim, que era proprietário de uma série de terrenos em "Porto da Lagem " que a tradição se habituou a chamar quinta e que deveriam pagar foro à Comenda de Cem Soldos da ordem de Cristo, por isso considero um pouco abusivo chamar-lhe "Senhor" da dita. Aliás, tive ocasião de ler nos "livros da décima" que Raimundo José de Sousa era dono da estalagem de Porto da Lagem, "onde habita". Depois de casar a estalagem torna-se a sua casa de habitação e consequentemente deixa de haver estalagem. Quando morre a sua mulher muda de casa e vai habitar a do "moinho" também em Porto da Lage.
Isto tudo para dizer que não poderia existir um "senhorio" em terras foreiras mas, se eu estiver enganada gostaria que me esclarecesse. MFM