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27 de outubro de 2016

IV Muros de Protecção

IV - Muros de Protecção

Seguindo-se o curso da ribeira para montante do açude, encontra-se na margem esquerda uma barreira de terra ou mota coberta de canas, silvas e arbustos. Continuando-se o percurso encontra-se um muro de pedra e cal com alguns metros de comprimento.

Observando-se esses elementos, deduz-se que a construção do açude obstruiu a passagem da água, desviando-a em parte do leito do rio e invadindo a várzea, sendo por isso necessário construir as motas e os muros.

 
.....outro muro de protecção à mesma várzea
que se inicia no açude pela margem
esquerda
Há outro muro de protecção à mesma várzea que se inicia no açude pela margem esquerda, prolonga-se até à foz do ribeiro da Longra, sobe pela margem direita deste ao longo de cerca de cem metros; 








....à foz do ribeiro da Longra, sobe pela
 margem direita deste ao longo de cerca
de cem metros





















na zona do olival existe outro muro que principia na estrada do olival próximo da ponte de cimento, flecte para a esquerda e acompanha o leito da ribeira por uma centena de metros. 

.... zona do olival existe outro muro...
....é o que ladeia, hoje Estrada Real – pela margem
esquerda do ribeiro da Longra
 ....
























Um outro muro que deve ser referenciado é o que ladeia, hoje Estrada Real – pela margem esquerda do ribeiro da Longra e principia perto da ponte de cimento.

Estes muros na margem esquerda da ribeira têm como objectivo a defesa da várzea e do olival durante as enxurradas muito violentas e frequentes nos invernos. 
O muro da margem direita que tem início a curta distância do açude e que ladeia a estrada que vai a Beselga – da qual se afasta alguns metros mas que continua por umas centenas de metros – foi construído para amparo de terras de cultivo.



....e que ladeia a estrada que vai a Beselga ...(1)
Quem mandou construir estes muros? Não foram os proprietários das terras destes últimos 150 anos. São do âmbito público mas não consta que tenha sido algum órgão governamental. Resta a Ordem de Cristo com as suas Comendas.
Ao sítio de Porto da Lage dirigiam-se as estradas de Torres Novas, Tomar, Paialvo, Ourém, as quais seguiam para Santarém, Leiria, Coimbra e demais cidades e vilas. Devido à sua situação geográfica e aos seus recursos naturais, terá sido um local de abrigo com algum albergue onde os almocreves se acolhiam, com os animais carregados de mercadorias que mercavam. O nome do sítio assim o alvitra: Porto= abrigo, Lage? De lajes? O leito da ribeira depois do açude e o ribeiro da Longra têm os fundos em lajes. (IMT)

(1) Imagem (aguarela?) encontrada no facebook há dois/três anos sem nome de autor. Se souberem quem é, por favor, digam-me para o poder identificar aqui.(MFM)

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