Si hortum in biblioteca habes deerit nihil

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19 de janeiro de 2015

Lavadeira




José Malhoa, Clara, 1905,
Museu de Arte Contemporânea

Bem lavava a lavadeira                                                    
ao som da sua barrela
ela cantando dizia:
Ó que meada tão bela!
Os panos que ela lavava
eram do rei de Castela!
o sabão que ela deitava
tinha vindo de Inglaterra
a lenha que ela queimava
era cravo era canela
lavava-os em tanque de ouro
estendia-os na Primavera.




José Malhoa, Lavadouro (na mata), 1922
(continuação da poesia popular contada pela tia Alice)

Pelo Sinal, Bico Real

José Malhoa, A caça, 1931


Pelo sinal
bico real
comi toucinho
e fez-me mal
se mais me dessem
mais comia
adeus compadre
até outro dia

Pelo sinal
bico real
corta as penas
do pardal
adeus compadre
adeus comadre
até outro dia
se não faltar
a companhia.

(continuação da poesia popular contada pela tia Alice)

18 de janeiro de 2015

Rapaz, levanta-te cedo

Sousa Pinto, (1856-1939) O Hóspede Inconsolável, 1884






Rapaz, levanta-te cedo
para fazeres o almoço,
para que diga o povo todo
que eu tenho um muito bom moço

Ó meu amo vá à feira
compre-me um fato de pano
para que diga o povo todo
que eu tenho um muito bom amo




(continuação da poesia popular contada pela tia Alice)

17 de janeiro de 2015

A Padeirinha


Oh que lindos olhos    

José Malhoa, As padeiras Mercado de Figueiró dos Vinhos, 1898
tem a padeirinha
tão mal empregados
de andar à farinha

Oh que lindos olhos
tem o meu José
tão mal empregados
de andar ao café

Oh que lindos olhos
tem o meu João
tão mal empregados
de andar ao carvão





(continuação das cantigas da tia Alice)